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domingo, 10 de janeiro de 2016

Extratos - SONHOS: UMA PORTA ESQUECIDA - "A realidade do mundo dos sonhos nos tempos antigos e hoje"

Nem mesmo a religião conseguiu ampliar nossa consciência na direção de captar mais diretamente as realidades internas, apesar de aparentemente se posicionar contra o arbitrário ceticismo reinante. A igreja "já poderia nos ter resgatado dessa filosofia materialista e arrogante, se ela mesma não tivesse renegado suas próprias tradições e, como tudo o mais, sucumbido ao materialismo racionalista dos nossos dias.(...) Ao enfatizar a vida da instituição mais do que a da alma, deixou de lado os sonhos.(...) Foi o que minou a base da vida espiritual da igreja, expondo-a ao mesmo materialismo e racionalismo que ela combatia e que se estendeu pelo mundo inteiro. A igreja preferiu ignorar o fato de que a rejeição aos sonhos ia contra a visão contida na bíblia e no cristianismo primitivo." (ibidem, p.14).
O significado que o mundo dos sonhos possui para os religiosos de hoje seria completamente estranho às comunidades cristãs do séc I. Ao rechaçá-lo, nossa igreja teve suas bases espirituais minadas. A vitalidade espiritual perdeu seu alicerce.

Segundo a Bíblia, a realidade transcendente se revela ao homem durante as horas do sono, embora ele não perceba:

"(...)Deus fala de um modo, sim, de dois modos mas o homem não atenta para isso.Em sonho ou em visão de noite, quando cai o sono profundo sobre os homens, quando adormecem na cama, então lhes abre os ouvidos e lhes sela a sua instrução, para apartar o homem do seu desígnio e livrá-lo da soberba; para guardar a sua alma da cova e a sua vida de passar pela espada." (Jó 33. 14-18, grifo meu)

Deus instrui o homem dentro do mundo onírico e torna-o receptivo à Sua instrução. Ele o protege e o ajuda a evitar a morte e a espada do inimigo. Isso não seria possível se o mundo dos sonhos fosse tomado como irreal.


Na autobiografia de um filósofo e teólogo persa do século XI, Al-Ghazzali (apud James, 1995), a realidade dos sonhos chegava a ser vista como a de um estado similar ao de Deus e fornecer o dom da profecia. Ele considerava que:

"Deus aproximou o profetismo dos homens ao dar-lhes um estado análogo a Ele em seus caracteres principais. Esse estado é o sono. Se dissésseis a um homem sem nenhuma experiência com um fenômeno dessa natureza que existem pessoas capazes, em dados momentos, de desmaiar de modo que pareçam mortas e que [nos sonhos] ainda percebam coisas que estão ocultas, ele o negaria [e exporia suas razões para isso]. Não obstante, suas alegações seriam refutadas pela experiência real." (p. 253)

Segundo Harnisch (1999), os sonhos, enquanto acontecimentos pertencentes a uma realidade paralela à vígil, eram levados a sério pelos índios da América do Norte. Os Sioux acreditavam que o mundo físico era apenas uma sombra do onírico, o qual chamavam de "mundo real", como vemos na história de Cavalo Doido (Brown, 1987):

"Desde o tempo da juventude, Cavalo Doido soubera que o mundo onde viviam os homens era apenas uma sombra do mundo real. Para chegar ao mundo real tinha que sonhar e, quando estava no mundo real, tudo parecia flutuar ou dançar. No seu mundo real, seu cavalo dançava como se estivesse furioso ou doido e por isso é que se chamou Cavalo Doido. Aprendera que, se sonhasse consigo no mundo real antes de ir para uma luta, poderia resistir a qualquer coisa." (p.210)

Segundo a história, foi por meio do conhecimento adquirido em sonhos que Cavalo Doido venceu sua maior batalha.


Um contato com o mundo espiritual na ausência da vigília pode ser encontrado em uma revelação de Isaías. O profeta teve uma visão durante a qual perdeu os sentidos externos. Ele se manteve em silêncio e foi dado como morto pelos que o observavam:

"E enquanto Isaías falava sob a inspiração do Espírito Santo, e todos o escutavam no mais profundo silêncio, o seu espírito foi elevado acima dele mesmo, e ele não mais enxergou os que estavam em pé diante dele.E seus olhos permaneciam ainda abertos, mas a sua boca não proferia mais palavras, e o seu espírito foi levado acima dele mesmo.Ele, no entanto, vivia ainda; mas estava imerso numa visão celeste.E o anjo que lhe fora enviado para revelar-lhe esta visão não era um anjo deste firmamento, nem um desses anjos gloriosos deste mundo: era um anjo descido do sétimo céu.E o povo que lá se encontrava com a assembléia dos profetas acreditou que a vida de Isaías tinha-lhe sido subtraída.E a visão do santo profeta não foi deste mundo aqui, mas uma visão do mundo misterioso no qual não é permitido ao homem penetrar."(O Livro da Ascensão de Isaías 6: 10-15)

Dados do autor para bibliografia:
Monteiro Muniz C - Extratos -A realidade do mundo dos sonhos nos tempos antigos e hoje, in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, 2001, disponível em http://gballone.sites.uol.com.br/colab/cleber.html

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